Dos quarenta anos de vida do Rotary Clube Montes Claros, em
trinta pelo menos tenho acompanhado a sua trajetória
de trabalho e de lutas em favor da cidade e da região.
Tenho seguido de perto as gerações de homens
e de mulheres da Casa da Amizade que, juntos num esforço
comum jamais negaram colaboração ao progresso.
Lembro-me muito bem da primeira vez que fui a uma reunião
rotária, no velho Hotel S. Luiz, ali onde fica a Minas
Caixa, atendendo a um convite de João Souto, que enaltecia
naquele tempo o meu trabalho de repórter deste JMC.
Foi uma surpresa ver o conteúdo de interesse daquele
povo bem vestido e bem representativo de poder de mando em
todas as classes sociais.
O
Rotary Clube Montes Claros foi sempre uma organização
de invejável sobriedade, comedido como deve ser um
grupo de pessoas conscientes do seu próprio valor.
Sempre houve nele um conteúdo de nobreza, difícil
de encontrar em outro clube ou em qualquer outra entidade
social ou de prestação de serviços. Muito
me tem sido útil acompanhar o Rotary desde 1954, como
jornalista ou como membro do seu quatro social, porque Rotary
foi sempre uma grande escola, em todos os pontos de vista,
que o leitor possa imaginar. É um bom e agradável
convívio de todas as semanas, sempre com assuntos novos,
uma perspectiva de amor à humanidade, uma busca de
ângulos que projetam a paz e a concórdia entre
as pessoas e as nações.
Quando
cheguei ao Rotary Clube Montes Claros, e isso era notável
para mim, porque dava notícias e comentários
para quase toda a edição do JMC – constituiu
a melhor fonte de informações fornecidas por
quem tinha autoridade de falar em nome da cidade. Como repórter
era só anotar e organizar tudo, considerando que naquele
tempo não havia a malícia e os desvios conceituais
tão próprios dos políticos de hoje. Havia
muito mais sinceridade, muito mais amor à causa pública,
sem segundos interesses e tanta vontade de ludibriar a opinião
dos menos avisados. Era uma universidade de civismo.
Agora que o
Rotary Clube Montes Claros completa quase meio século
de interesse por Montes Claros, com feitos notáveis
em todos os campos, será que não poderia este
JMC fazer um levantamento do noticiário, relembrando
o valor dos homens que ajudaram a fazer a história
de Montes Claros nestas quatro décadas? Creio que
seria muito bom e de bastante interesse, além de
servir de exemplo, às novas gerações.
Muita gente quer hoje ser dono das coisas e a falta de divulgação
da verdade sempre causa transtornos e erros. Valerá
a pena, não tenho dúvidas. Mais do que uma
homenagem a pioneiros será uma boa informação,
de que é mestre e sempre foi este JMC.
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