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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
               E agora, o que esperar da nova década, consciente de que a
          terceira idade vem para se estabelecer de fato? Certamente manter a                                                 Filomena de Alencar M. Prates
          vontade de viver, alimentar a alma e me desprender mais. Gerar novas
          emoções, porque a vida para ser plena tem que ser permanentemente                                                   Cadeira nº 74
          reinventada. Mas quero, acima de tudo, olhar pra frente com perse-                                                  Patrono: Luiz Milton Prates
          verança e confiança, cultivar o espírito de menina que ainda sinto
          em mim, usufruir mais das amizades que as passagens do tempo me
          concederam, curtir com intensidade os meus amores e ter sempre a
          presença de Deus na minha vida.
               Gratidão a todos vocês que fizeram e fazem parte dos meus
          setenta anos de vida.”

                Após os discursos, foi cantado entusiasticamente o Parabéns                                          ASSOMBRAÇÕES
          pra você,  com vivas em torno de um belíssimo bolo confeitado cheio
          de rosas.   As máquinas fotográficas “pipocavam” em flashes diante
          das poses para fotos históricas dos familiares reunidos. A partir daí o                        elas estradas da vida encontramos altos e baixos, claros e escu-
          salão superlotou, o conjunto musical reforçou o show, variando os es-
                                                                                                         ros, verdades e mentiras. Baseando-se em fatos falsos ou verda-
          tilos musicais e agradando a todos, que “pegaram fogo” na coreografia                    Pdeiros, nos damos conta de que devemos narrar histórias muitas
          quando  desembarcou nas músicas dos anos 60. Foi a apoteose; crian-
          ças, velhos, jovens, tímidos ou não, caíram na dança até a madrugada.                    vezes fantasiosas. Na nossa infância, encontramos pessoas que contam
                                                                                                   histórias- e juram de pés juntos – como foram passadas nas fazendas
               E nós, os irmãos e irmãs Patrocínio, fomos nos despedindo e                         dos seus avós ou de outros antepassados, cujos nomes se perderam “na
          pegando de volta a estrada, deixando nutridos os corações de Zélia                       rolança do tempo”.
          e sua família e  levando no nosso, o Amor aquecido por mais um
          encontro.

















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