Page 75 - LIVRO EFEMERIDES
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WANDERLINO ARRUDA
               que no momento residia em Belo Horizonte, depois de passar toda a
               sua juventude em Montes Claros.

                     Comentada no final, a Resolução nº 291, de 20 de junho de
               1978, da Câmara Municipal de Montes Claros, que considerou de
               Utilidade Pública a Academia Montes-clarense de Letras. Documen-
               to firmado pelo presidente Deosvaldo Santos Pena e pelo secretário
               Carlos Welth Pimenta de Figueiredo.
                     A reunião de onze de outubro teve em sua primeira parte as
               homenagens póstumas ao professor José Raimundo Neto, falecido
               em Belo Horizonte, um importante fundador da Academia Montes-
               clarense de Letras e seu segundo presidente, no biênio 1968/1969.
               Foram relembrados pelo presidente João Valle Maurício “os vários
               e expressivos aspectos da vida do homenageado, inclusive a sua de-
               dicação à causa do ensino e à sua família, que tinha nele um ampa-
               ro seguro”. “José Raimundo Neto foi um dos maiores educadores
               de nossa terra. Intelectual de notável cultura humanista. De alma
               sensível, sua vida foi sempre atuante, brilhando pelo valor de sua
               inteligência”. Vários oradores enriqueceram os elogios ao falecido
               confrade. Os agradecimentos foram proferidos pelo seu cunhado e
               confrade Corbiniano Aquino.
                     Vinte de outubro, encontro acadêmico no salão nobre do Au-
               tomóvel Clube. O centro das atrações foi o lançamento do livro
               “Maria Clara”, publicado no Rio de Janeiro pela Editora Dois Ir-
               mãos, romance autobiográfico da escritora Nazinha Coutinho, pre-
               fácio do antropólogo montes-clarense Darcy Ribeiro. A apresenta-
               ção do livro foi feita pelo dr. Mário Ribeiro da Silveira, seu primo,
               principalmente por tratar-se em grande parte sobre a família Ribei-
               ro, um lado confessional das lutas de gerações.
                     Vale uma leitura atenta da rica e encantadora Ata lavrada pela
               secretária Felicidade Tupinambá, síntese perfeita dos encontros e de-
               sencontros na família Francisco Ribeiro/Maria Luiza, que adotou a
               menina Nazinha Coutinho, que adulta e casada com o dr. Alfredo
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