Page 55 - LIVRO EFEMERIDES
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WANDERLINO ARRUDA
               cia que teve a maior ressonância na imprensa e nos meios cultu-
               rais, com reflexo no noticiário do país. A acadêmica Yvonne Silveira
               falou sobre o Quarto Centenário da publicação d’Os Lusíadas, de
               Luiz de Camões, o poeta da raça, com o seguinte programa: de 2 a
               7 de outubro, com patrocínio da Faculdade de Filosofia, Ciências
               e Letras, palestra do historiador Simeão Ribeiro Pires; conferência
               do professor Juarez Távora de Freitas, de Belo Horizonte; sendo o
               encerramento com palestra da professora Yvonne Silveira. No final
               do encontro, o acadêmico Athos Braga ofereceu à Academia uma
               coleção de vinte volumes da “Biblioteca do Pensamento Vivo”.
                     A primeiro de dezembro de 1972, o presidente anunciou que
               a confreira Yvonne Silveira já estava recebendo os trabalhos acadêmi-
               cos para a futura edição da Antologia da Academia Montes-clarense
               de Letras. Anunciou também o convite para a formatura em Direito,
               do confrade Joaquim Cesário Macedo. Por proposta do confrade
               Hermes de Paula só textos de acadêmicos serão publicados. Foi ain-
               da do dr. Hermes de Paula o pedido de uma campanha em favor do
               pequizeiro, eis que essas árvores estão sendo irremediavelmente des-
               truídas pelos carvoeiros, quase como uma perseguição. Aproveitan-
               do a oportunidade, apresentou uma carta do Sócio Correspondente,
               dr. Nelson Vianna, credenciando-o para representá-lo na sessão de
               sua posse.
                     Também falaram sobre Camões o confrade Simeão Ribeiro
               Pires e o professor Wanderlino Arruda, a exemplo do que fizeram
               também em reunião festiva do Elos Clube de Montes Claros.
                     Foi ainda homenageada a memória do grande musicista Lo-
               renzo Fernandez, pai da sócia honorária Marina Lorenzo Fernandez.
               Filho de pais espanhóis, Lorenzo Fernandez, ainda rapaz, começou
               a tocar nas festas dançantes do Centro Galego. Aos dezoito anos
               compôs a ópera  Rainha Moura. Em 1917 ingressou no  Instituto
               Nacional de Música, onde iniciou os estudos teoria, harmonia, con-
               traponto  e  fuga, com os professores  Francisco Braga, Henrique

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