Page 46 - LIVRO EFEMERIDES
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EFEMÉRIDES DA ACADEMIA MONTES-CLARENSE DE LETRAS – 50 ANOS
acadêmico José Raimundo Neto fez admirada palestra com o título
“A Visão Cósmica de Teillard de Chardin”, uma lúcida análise do
pensamento e da obra do famoso intelectual francês, destacando
principalmente os aspectos da sua teoria sobre evolução espiritual,
segundo a qual quanto mais diminui a necessidade físico-sensorial,
mais o espírito adquire oportunidade de alcançar melhores estágios.
Para o grande filósofo francês “Não somos seres humanos vivendo
uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma
experiência humana”. E “O homem não é apenas um ser que sabe,
mas é também um ser que sabe que sabe”. Mais ainda: “Algum
dia, quando tivermos dominado os ventos, as ondas, as marés e a
gravidade, utilizaremos as energias do amor. Então, pela segunda
vez na história do mundo, o homem descobrirá a verdadeira luz”. O
orador foi muito cumprimentado, recebendo incentivo para novas
pesquisas no campo psíquico.
O acadêmico José Prudêncio de Macedo pediu constar em ata
um voto de pesar pelo falecimento do comerciante Joaquim Alves
da Silva, Quinzinho, concessionário durante muitos anos da Ford,
toda uma vida voltada para a cultura, uma forma de colaborar com
sua esposa Marina Lorenzo Fernandez em tudo ligado ao desenvol-
vimento de Montes Claros. Em verdade, existe uma Montes Claros
de antes e uma Montes Claros de depois de Dona Marina, porque
ela foi o nosso maior ícone de competência cultural.
Na mesma reunião, o confrade Olyntho Silveira comunicou a
seus pares a sua nomeação para a chefia do Gabinete do prefeito de
Francisco Sá, sua terra natal. Mesmo com ausência de Montes Cla-
ros pelo seu novo mister, prometeu estar sempre presente durante os
encontros de nossa Academia.
Pedindo desculpas pela crítica, o acadêmico Abelardo Teixei-
ra Nunes censurou a ausência dos que ele chamou de figurões da
Academia. Muitos só interessam em serem admitidos, mas uma vez
no quadro associativo, esquecem-se da necessidade da frequência,
mesmo do mínimo exigido pelo Estatuto e pelo Regimento Interno.
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