Soneto
Olavo
Bilac
O homem da Terra, mísero
e precito,
No máximo de dor de que há memória,
Vai penetrar a noite merencória
do seu caminho desvairado e aflito.
No mundo, em toda a parte,
ouve-se o grito
Da mentira em seus dias de vitória!
Ostentação, miséria, falsa glória
Afrontando as verdades do Infinito!
Mas ao coro sinistro das
batalhas
Hão de cair as rígidas muralhas
Que guardam a ilusão do mundo velho!..
E após a dor, a
treva e a derrocada,
O homem renascerá para a alvorada
Da luz divina e eterna do Evangelho!
(Soneto
recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, na
sede da União Espírita Mineira, em 6 de agosto de
1939)