Na hora da fadiga
Quando o cansaço te procure no serviço do
bem,reflete naqueles irmãos que suspiram pelo
mínimo das facilidades que te enriquecem as mãos.Pondera
não apenas as dificuldades dos que,ainda em plenitude
das forças físicas,se viram acometidos por
lesões cerebrais, mas também no infortúnio
dos que se acham em processos obsessivos, vinculados às
trevas da deliquencia.Observa não somente a tortura
dos paralíticos, reclusos em leito de provação,mas
igualmente a dor dos que não souberam entender a
função educativa das lutas terrestres
e caminham, estrada afora de coração enrijecido
na indiferença.Considera não apenas o suplício
dos que nascem em dolorosa condição de idiotia,
reclamando o concurso alheio nas menores operações
da vida orgânica,mas também naqueles que, no
fastígio do conforto material, resvalam em
ateismo e vaidade, fugindo deliberadamente às realidades
do espirito.
Medita não somente
na aflição dos que foram acidentados
em desastres terríveis,mas igualmente na angústia
dos que foram atropelados pela calúnia,tombando moralmente
em revolta e criminalidade, por não saberem assimilar
o benefício do sofrimento. Quando a fadiga
te espreite na esfera da ação, pensa
naqueles companheiros, ilhados em padecimentos do
corpo e da alma,a esperarem pelo auxílio, ainda que
ligeiro,de teu pensamento, de tua palavra,de tua providencia,
de tuas mãos... Se o desanimo te ameaça
examina se o abatimento não será unicamente
anseio de repousar, antes do tempo,e se te reconheces
conscientemente disposto de energias para ser útil,não
te confies a inércia ou à lamentação.Por
pior que estejas, pense naqueles que dariam tudo, para estar
em teu lugar.
(Emmanuel,
psicografado por Chico Xavier)
|