CORRIGE EM TI |
O mundo exterior parece-te fascinante e rico de emoções. Desejas, com mal contido equilíbrio, arrojar-te à onda do prazer que toma conta das criaturas, arrastando-as na embriaguez dos sentidos. Estas desfilam risonhas, joviais, tornando a existência uma festa sem limite e cujo fim não se anuncia, pois que salta de umas para outras experiências tentadoras. Vendo-as, na televisão e nas colunas sociais, no cinema e na via pública, não podes evitar a frustração que vai crescendo no teu íntimo, vazio de gozos, pleno de compromissos severos. Consideras madrasta a existência e sucumbes, lentamente, asfixiado pelas lágrimas. Corrige, porém, a tua apreciação. Talvez não seja, tão felizes conforme fazem crer, esses campeões da juventude e da alegria, do sexo e da ilusão. A grande maioria vende essa imagem que impressiona os fracos; e outros, os que têm poder econômico, saturados da existência, usam terríveis estimulantes para sair do tédio, fugindo de si mesmos. Na Terra, tudo é transitório, e, logo mais, exauridos, eles sucumbem, ignorados, nas sombras das depressões, das drogas, da loucura e do suicídio. Ninguém foge ao desgaste orgânico, que é a lei da vida. Envelhecer e morrer são fenômenos normais. Todavia, quem comanda o corpo com sabedoria, guindando a mente à inspiração divina, isto é, mantém o estado de saúde interior inalterado, na marcha inexorável para o túmulo e, depois, para a ressurreição de bênçãos. Joanna de Ângelis Divaldo Franco |