NÃO NUTRIR A TRISTEZA

A tristeza, em si  mesma, nem sempre deve ser encarada como um mal.
Quando chega trazida pela separação de um ente caro, por exemplo, pode ocasionar uma espécie de retiro reflexivo salutar.
A dor promovida pela ausência dos afetos nos leva a meditar sobre os verdadeiros valores da vida. Sobre a importância dos seres amados em nossas existências e, por vezes, nos faz mudar radicalmente nosso temperamento, para melhor.
Nesse ponto, a tristeza pode se constituir em alavanca para o nosso progresso moral.
Todavia, há aqueles que se deixam conduzir por uma espécie de depressão total e muito perigosa.
A perda do apetite, do sono, da memória, chegando mesmo a perder totalmente a vontade de viver.
Essa entrega passiva à tristeza pode desencadear consequências desastrosas na vida das criaturas.
Quando a tristeza nos visita, geralmente a nossa tendência é buscar o isolamento. Ver filmes dramáticos, ouvir músicas melancólicas, lembrar de fatos deprimentes.
No entanto, os profissionais da psicologia humana têm nos alertado quanto à necessidade de buscar saída para a crise, com motivos que nos levantem os ânimos.
Uma comédia, uma música alegre, a lembrança de momentos felizes, a busca por companhias otimistas.
Quem se deixa levar passivamente pela tristeza, pode ter sérias dificuldades para sair dela.
A oração é um excelente antídoto contra esse e outros males.
Se nada acontece por acaso em nossas vidas, pensemos no porquê dessa visita e busquemos entender o seu recado.
É possível que a tristeza nos traga a mensagem de que precisamos rever os nossos valores, pensar em como temos vivido nossos dias.
E tenhamos sempre em mente que nesses dias temos que redobrar a vigilância e aumentar a atenção em tudo o que nos cerca.
Buscar o amparo do Alto para superar essa ausência de alegria, antes que ela tome conta de nossa alma.
Se te sentes sitiado pela depressão ou com os movimentos paralisados pelas malhas perigosas da melancolia, expulsa com esforço titânico as trevas que te envolvem e faze luz íntima, acendendo a lâmpada da oração sincera na mente em turbilhão.

(Redação do Momento Espírita)