JOANNA DE ÂNGELIS |
JOANNA DE ÂNGELIS Auta de Souza (12 de setembro de 1876, Macaíba-RN, 7 de fevereiro de 1901, Natal-RN) foi uma poetisa brasileira. Considerada pelo historiador e sociólogo Câmara Cascudo a "maior poetisa mística do Brasil", seus versos refletiam as dores da perda prematura de entes queridos que lhe acompanharam durante sua vida. Antes de ter completado três anos ficou órfã de mãe e aos quatro anos de pai. A sua existência na Terra foi assinalada por muitos sofrimentos. Antes dos 12 anos foi matriculada no Colégio São Vicente de Paulo, onde recebeu acolhida das religiosas francesas que o dirigiam e lhe ofereceram primorosa educação: literatura, inglês, francês, música e desenho. Começou a escrever poemas aos 16 anos. Deixou um único livro, Horto, cuja primeira edição, prefaciada por Olavo Bilac, em outubro de 1899, apareceu em 1900 e se esgotou em três meses. Mesmo após a sua desencarnação, aos 24 anos, continuou a remeter mensagens de encorajamento e consolação em versos. Por meio de psicografias feitas por Francisco Cândido Xavier, revelou, pela primeira vez, sua identidade ao transmitir suas poesias em 1932 na primeira edição da obra Parnaso de além-túmulo [1], lançado pela FEB Editora. |