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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
Haroldo Lívio tomou posse como sócio fundador do Instituto
Histórico e Geográfico de Montes Claros, na Cadeira 28, do ilustre
historiador Nelson Vianna. O saudoso historiador Hermes Augusto
de Paula registrou no seu livro “Montes Claros, sua história, sua
gente e seus costumes” que Haroldo Lívio cultivou “o gênero da crô-
nica, geralmente abordando fatos e personagens do cotidiano local. Seus
trabalhos têm sido publicados na imprensa local e em jornais de outras
localidades”. Foi funcionário do Banco do Brasil, mas preferiu assumir
o cargo de titular do Cartório de Registro de Imóveis, da cidade de
Porteirinha.
Não obstante ter ele escrito vários livros sobre a trajetória his-
tórica de Montes Claros, somente um desses livros foi publicado até
então. Trata-se da obra “Nelson Vianna: o personagem”, que teve
uma aceitação positiva do público leitor. Nota-se que há nas crônicas
de Haroldo Lívio uma suave narrativa, que tem o poder de prender o
leitor por muitas e muitas horas seguidas. Trata-se de leitura de fácil
compreensão, carregada de emoção e de conhecimentos. Cada pala-
vra do seu texto traz consigo uma maneira peculiar de mostrar fatos
históricos com o sabor das reminiscências. É de forma arguta que o
escritor sintetizava os fatos históricos, numa escrita atraente, bela e
rica de informações. Este homem deixa agora a história de Montes
Claros em estado de orfandade.
Haroldo Lívio era filho do escrivão José Luiz de Oliveira e de
dona Dalva V. de Oliveira, casado com Maria do Carmo Santos de
Oliveira, com quem teve três filhas: Fabíola, Clarissa e Luciana. Na-
tural de Contendas, atual cidade de Brasília de Minas, onde nasceu
no dia 21 de setembro de 1938. Hoje, primeiro de janeiro de 2015
ele falece, para tristeza de todos nós. Haroldo deixa o seu nome nos
meios literário de Montes Claros, pontificando como o maior conhe-
cedor de sua história e da história do norte de Minas. Por outro lado,
ele deixa, também, um nome que é exemplo de quanto valem a força
de vontade e o amor em preservar a história de sua terra e do seu povo.
Haroldo Lívio de Oliveira, um grande profissional da pena, nunca a
usou para outros fins senão aqueles que enobrecem os homens bons!
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