Espaço
azul
Wanderlino
Arruda
Espaço
azul, lonjura,
música de infinito,
alma-luz de existência plena.
O horizonte é poesia
de alegria mais,
corpo em ternura
brava e longilínea,
lembranças de um relógio
tempo:
horas passadas e não medidas.
Viva vivência, vibração
de vida
intensamente pouca,
intensamente muita,
nuances de calor sentir.
O esmeralda-índigo
é de pêssego-pelúcia,
em chuva-manhã de anil,
o aqui, o ali-fronteira
de lucidez magia,
carinho-amor, carinho...
Viagem-sonho de minutos luz.
brilho e voo,
relâmpago voraz e quente,
vibração que ferve
em majestade ainda.
Cor sobre cor,
cor dentro da cor,
tez e tom, imagem-ilusão
mais do que real.
Quem sabe o tempo?
Quem conta o agora?
Hoje é amplitude
mais do que o ontem,
menos que o amanhã.
Explode a esperança!
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